Esse é o último post do Blog que construí junto com os meus colegas Fernanda e Diogo para a Unidade Curricular de ABP. É um post de avaliação da UC e também de autoavaliação.
Como disse no primeiro post, minha expectativa com a UC estava
relacionada com a minha preocupação de aprender novas metodologias que correspondessem
aos desafios que a escola tem nos nossos tempos. Nesse sentido, a UC
correspondeu a todas as expectativas, uma vez que ficou demonstrado que a
aprendizagem baseada em problemas é uma metodologia que permite fazer o
processo de aprendizagem voltado para o aluno. Considero também bastante
importante o facto de estar assente em problemas reais, ainda que possam ser
uma simulação, as suas bases são elementos da vida real. O constante trabalho
em equipa é outra vantagem da metodologia, pois não só permite a aprendizagem
em conjunto, como desenvolve competências fundamentais no aluno.
Durante a UC desenvolvemos dois problemas de naturezas
distintas: no primeiro éramos alunos a resolver o problema e no segundo éramos
os professores a criar um problema. Essa troca de papéis foi fundamental para
pensarmos a metodologia desde os dois pontos de vista.
No primeiro problema tínhamos de construir um festival
internacional sobre multiculturalidade, património cultural e educação para a
cidade de Lisboa. Foi um trabalho desafiante desde a escolha do tema como também
da construção da argumentação para defender a nossa ideia de festival.
No segundo problema tivemos o desafio de, a partir dos fenómenos
do bairro da Mouraria, construir um problema para alunos de geografia. O exercício
de adequar as nossas ideias para o nível de escolaridade e suas respetivas aprendizagens
essenciais foi bastante importante para pensar o planeamento de aulas no marco
da metodologia ABP.
Fomos conhecendo metodologias auxiliares durante a UC: a “Maastricht
7 jump”; a estratégia SQCAAP; como fazer slogans,
introdução, conclusão e apresentações; e metodologia da leitura SQ3R. Estas
foram importantes para o desenvolvimento dos problemas que tivemos, tendo sido um
aprendizado para outras situações.
Por fim, o desafio de
desenvolvermos este blog foi parte de irmos refletindo para além dos trabalhos
da sala de aula.
Destaco também o papel do professor nesta UC. Foi ao princípio
um choque, uma vez que a metodologia é diferente e estamos habituados a outra relação
entre professor aluno, mas com o tempo acredito que fomos nos adequando a UC e
tendo sido o papel do professor fundamental para o sucesso da UC.
Considero por isso a experiência da UC riquíssima para o
mestrado de ensino de geografia.
Quanto à minha autoavaliação. Acredito que tive uma postura
positiva durante a UC, uma vez que fiz o esforço necessário para incorporar a
metodologia, participar nas aulas e nos trabalhos em equipa e também de
aprofundar os conhecimentos para o desenvolvimento da UC. No entanto, cometi
uma falha de não ter feito a tempo a minha autoavaliação e dos membros da minha
equipa no primeiro problema. Foi na verdade um lapso, uma vez que não me informei
do prazo sobre o mesmo, acabei por perder 1 ponto. Vejo esse erro como também
uma lição para compreender a importância desse momento no trabalho em equipa e
na metodologia ABP.
Das aprendizagens na UC, destaco a experiência do trabalho
em equipa, que achei fundamental e superou completamente as minhas expectativas,
uma vez que estou habituada a trabalhar sozinha.
Afinal também acabei por ser tirada da zona de conforto,
acredito que essa seja a grande lição desta UC.
Olá! Ótima reflexão do primeiro semestre em ABP, concordo que utilizar ABP é sair da zona de conforto.
ResponderEliminarObrigada pelo comentário Gonçalo!
EliminarOlá Joana! Sim, concordo. O quanto é importante sair da nossa zona de conforto é uma reflexão muito importante e foi também a minha reflexão final. Para mim sair da minha zona de conforto foi muito o questionar-me sobre a minha postura no meu processo de aprendizagem e no trabalho em equipa, o quanto tenho que mudar para ser mais ativa, disciplinada, envolvida, crítica e criativa.
ResponderEliminarOlá Fernanda, obrigada pelo comentário. Penso isso também, sair da zona de conforto exige esforço para fazer diferente. Foi muito boa a experiência de trabalhar contigo.
EliminarOlá Joana! Consigo me relacionar bastante bem com as tuas palavras e estou de acordo! Às vezes é necessário sair da nossa zona de conforto para conseguirmos evoluir e aprender mais! Gostei muito de ler a tua reflexão! O importante é nós aprendermos e estarmos disponíveis para tal! Ainda bem que estavas disponível para aceitar esta nova metodologia!
ResponderEliminarObrigada pelo comentário José! Que bom que gostaste do post.
EliminarEu acredito que esta UC levou todos os alunos a sair da sua zona de conforto.
ResponderEliminarPara além disso partilho contigo a perda de 1 valor pelo lapso de não ter enviado a ficha de auto e heteroavaliação, por isso concordo contigo, acabamos por compreender a verdadeira importância desse momento para o grupo tendo em conta a metodologia ABP
Olá Diogo. Aprender com os nossos erros é parte do crescimento. Foi muito bom trabalhar contigo nesta UC.
EliminarJoana, fico muito satisfeito que o seminário tenha ido ao encontro das suas expectativas e se tenha revelado um espaço de aprendizagem significativo e transformador. Na realidade, qualquer seminário deveria sempre colocar os alunos num espaço liminar, de transição, de passagem de um conhecimento e esto de estar de conforto para outro de nível superior, que vai acrescentar algo de significativo na formação da pessoa, no aprendente. Vejo que o seminário valeu a pena e que reconhecem os erros, e isso é o passo mais importante para a aprendizagem e para a mudança, sem que esta é necessária.
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