“Fazendo o erro parte da vida real, a
ABP permite que os alunos corram riscos e sigam por caminhos inapropriados.
Cometer erros e tomar consciência dos mesmos quase sempre reforça a aprendizagem” (Cachinho, 2011)
O método da Aprendizagem Baseada em Problemas combina, como
já vimos, trabalho individual com trabalho de grupo. É nestas características desta
metodologia ativa de ensino-aprendizagem que gostaria de focar as minhas reflexões
finais sobre a unidade curricular e o quanto para mim, enquanto aluna, representou
uma aquisição de aprendizagens tão significativa. O trabalho em grupo, em sala
de aula, permitiu-me perceber quais são as minhas limitações e o quanto estas
podem, se não forem trabalhadas, comprometer o meu sucesso escolar e, muito
importante, o desempenho e sucesso do trabalho que seja necessário desenvolver
em equipa.
Sem se darem conta disso os meus colegas de grupo ajudaram-me
a refletir sobre os meus valores, postura e sobre algumas (muitas!) das minhas dificuldades!
Devo, por isso, agradecer a todos essas aprendizagens! Sem estas vivências,
junto dos colegas, não me teria apercebido do quanto é importante para mim aprender
a aprender!
Para mim, para além de todas as aprendizagens de conteúdo
relacionadas com a unidade curricular, estas foram as principais aprendizagens,
que espero se transformem em mudanças reais: como ser uma melhor aluna, como autorregular
a aprendizagem de modo que esta seja mais efetiva e significativa, como me
tornar uma estudante mais envolvida no meu processo de aprendizagem, mais
disciplinada, mais crítica e criativa, como ser mais reflexiva sobre o meu
desempenho como aluna e como colega.
Esta também é, a meu ver e do que aprendi, uma das características essenciais da Aprendizagem Baseada em Problemas, tal como deveria ser a de qualquer outro
processo de aprendizagem, a de levar os alunos aos seus “lugares” de
desconforto, aos “lugares” em si mesmos que precisam ser trabalhados para a
construção de melhores competências pessoais e sociais, que só o serão se eles
conseguirem desconstruir (pre)conceitos sobre os próprios, os outros e o mundo
que os rodeia.
Obrigada aos colegas com quem tive o privilégio de trabalhar,
ensinaram-me muito, acreditem! Tudo o que aprendi com vocês foi de imenso valor!
Obrigada José de Matos, Joana Leme, Eduardo Lopes, Inês de Meneses, Diogo
Miranda, Francisco Buzaglo e Eduardo Lopes!
Termino a leitura da tua última publicação da mesma forma como terminei a primeira, com a lágrima no olho. Obrigada Fernanda, é recíproco e só assim faz sentido!
ResponderEliminarFernanda, muito obrigado por este post, aqueço-me o coração! Foi também um prazer imenso trabalhar contigo! Muito obrigado pelo que tu me ensinaste! Realmente é verdade quando dizem que nós estamos sempre a aprender e o ABP é a prova disso! Faz nos refletir e pensar em como podemos melhorar!
ResponderEliminarOlá Fernanda, também gostei bastante de trabalhar contigo e aprendi imenso. Um abraço!
ResponderEliminarOlá Fernanda, é muito confortante para um professor saber que a metodologia que privilegia na aula se revela tão significativa para as aprendizagens dos seus alunos. O depoimento que faz é muito claro sobre o potencial que a ABP tem na formação das pessoas quando estas são imersas em experiências significativas, quando os estudantes estão disponíveis para aprender e enfrentar os desafios que a metodologia levanta, não ao nível do conhecimento substantivo, mas sobretudo nas competências interpessoais. O reconhecimento que faz aos seus colegas com quem teve a oportunidade de trabalhar, ditados pela sorte, é de louvar.
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